Diagnóstico socioterritorial

Entre dezembro de 2013 e abril de 2014, o Projeto Aluno Presente contratou pesquisadores e analistas do Observatório de Favelas para desenvolver um Diagnóstico Socioterritorial que retratasse as condições socioeconômicas e geográficas do município, assim como fizesse uma análise crítica das informações das bases de dados oficiais disponíveis em torno das variáveis que envolvem o problema da criança fora da escola. Este retrato, que acabou por englobar, pela natureza multifatorial do problema, as áreas de maior vulnerabilidade da cidade, serviu de ponto de partida para a construção do método de atuação do projeto no território.

As informações analisadas foram colhidas de diferentes bases de dados que dialogassem com o estudo e com maior poder de resposta, como o Censo Demográfico 2010 do IBGE; o Censo Escolar organizado pelo INEP; o Sistema de Gestão Acadêmica – Escola 3.0, da Secretaria Municipal de Educação; o Cadastro do Programa Bolsa-Família; o Cadastro Único do Governo Federal e o Cadastro do Benefício de Prestação Continuada (BPC), da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social.

Veja a seguir um exemplo de mapa presente no relatório que ilustra a escala de avaliação elaborada pelo Observatório de Favelas para classificar os territórios quanto à possibilidade de incidência de crianças de 6 a 14 anos fora da escola, comparativamente entre os bairros. Para tal, os dados secundários foram analisados e os 161 bairros distribuídos em cinco classes, correspondentes ao grau em que se encontra a situação de referência no bairro, quando comparado aos demais: Muito crítica, Crítica, Regular, Razoável e Boa.

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Foi preciso analisar também as listas oficiais de crianças presentes no município para entender como criar um parâmetro para encontrar as que estavam fora da escola. Após a realização de vários testes e avaliação do potencial das bases consideradas mais relevantes, o diagnóstico evidenciou a escolha pelas listas de abandono e de infrequência da Secretaria Municipal de Educação (SME), consideradas de maior aproveitamento – e que serve desde o início como principal ferramenta para o trabalho de campo, desempenhado por 70 profissionais divididos em cinco regiões da cidade.

Veja a seguir outro exemplo de mapa que ilustra a distribuição territorial das crianças entre 6 e 14 anos de idade, residentes no Município do Rio de Janeiro, que não estavam frequentando a escola, por Coordenadoria Regional de Educação (CRE), que orientou a busca ativa dessas crianças e adolescentes pelo território e em consonância com o esforço das CREs.

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Você pode baixar aqui, na nossa página de Publicações, os dois volumes do Relatório Socioterritorial completo, elaborado pelo Observatório de Favelas, em 2013, para o Projeto Aluno Presente.